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sábado, 13 de novembro de 2010

Meu querido Frankenstein

Editando, filmando, escrevendo, pensando e re-pensando... Ando refletindo muito sobre o processo de trabalho no cinema, o método; principalmente no caso do “Estórias de microondas”... Se conseguisse escrever aqui tudo que se passa na minha cabeça talvez saíssem umas duas ou três coisas interessantes; mas sei lá... Ultimamente estou com um bloqueio para escrever no blog, mas ok, vamos lá, vou tentar rabiscar algumas linhas (meio tortas).

Além de dirigir, escrever os roteiros (em parceria com Gessé e Débora) e operar câmera, agora também estou editando os episódios do “Estórias de microondas”. Desde que comecei a editar percebo que sei cada vez menos como esse filme vai ficar, se fosse há um ano atrás eu estaria desesperado, mas agora não, acho ótimo não saber onde vai dar essa coisa. O filme cada vez mais me parece uma busca pelo desconhecido de nós mesmos, uma busca por outra pessoa por de trás dessa pessoa que aparentamos ser em cafés, bares e restaurantes da vida. Quero a verdade, não necessariamente a verdade do realismo ou do naturalismo, mas a verdade do ser que está ali representando, na frente ou atrás da câmera. O cinema precisa de sangue e suor, não o sangue e suor de personagens arquitetadas por mentes inquietas, mas o sangue e suor diretamente dessas mentes inquietas, o sangue e o suor da experiência viva de fazer um filme. Com certeza o meio é mais importante que o fim, qual é a graça de ter a certeza de onde se quer chegar? Não sei... São apenas divagações de alguém que não sabe o que está fazendo.

Bruno de Oliveira

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